segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ceará, uma terra de obras inacabadas

É impressionante a capacidade que os gestores públicos têm de começar uma obra e não concluí-la. Basta darmos uma volta por Fortaleza para constatarmos o tamanho descaso com o dinheiro público, seja ele de origem federal, estadual ou municipal.

Quem caminha pela Avenida Beira Mar diariamente se depara com um monstro chamado Jardim Japonês, cujas obras se arrastam há mais de dois anos e não há sequer uma data para que seja inaugurado. Obra da Prefeitura. Mais uma voltinha e nos deparamos com o túnel no cruzamento das Avenidas Humberto Monte com Bezerra de Menezes. A obra aparentemente está pronta, faltaria apenas a sinalização para os motoristas. Aí é que eu não entendo: demora tanto assim para colocar placas e sinalizar o chão? Isto sem falarmos no Hospital da Mulher, uma promessa da primeira gestão da administração municipal e que parece não ter mais fim.

Mas o atraso das obras não é exclusividade da Prefeitura de Fortaleza. Quem trafega pela BR-116 diariamente sofre com a paralisação das obras do Dnit, principalmente as alças que dão acesso a duas importantes avenidas da capital: a Av. Oliveira Paiva e a Alberto Craveiro. São engarrafamentos gigantescos e desvios inimagináveis causados por uma obra que nem deveria demorar tanto assim.

E mais: tem aquelas obras que foram prometidas e nem sequer saíram do papel. As obras incluídas no primeiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula do Silva, tinham data certa para ser concluídas: 31 de dezembro deste ano. Entretanto, o cronograma continuará no papel para, pelo menos, 60  empreendimentos, que serão “herdados” pelo próximo governo. Alguns projetos já estão em andamento. Outros terão de sair do zero, como as obras de melhorias em aeroportos.  Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo com base nos balanços do PAC.

Em nível estadual, não podemos nos esquecer do Metrofor. Uma obra que atrapalha a vida de muita gente que precisa desviar o caminho habitual para casa ou o trabalho e sabe-se lá quando será concluída, afinal prazos de entrega já foram adiados inúmeras vezes.

No próximo domingo teremos a oportunidade de escolher parte das pessoas que administrarão ou escolherão os destinos dos nossos recursos. Temos de estar atentos e sermos responsáveis para escolher pessoas que verdadeiramente cumpram o que foi prometido.  Afinal, de obras pela metade já estamos cheios…

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