segunda-feira, 4 de abril de 2011

Copa 2014: a bola já rola em outros estados e no Ceará?

O último final de semana foi marcado pelo fechamento do Maracanã para as obras da Copa do Mundo de 2014. Uma semana antes, o estádio da Fonte Nova, na Bahia, foi implodido para que ali seja erguida uma nova e moderna arena. O Mineirão há tempos está com as portas fechadas para reformas que visam também o grande evento esportivo. E o nosso Castelão, como está? Até agora não vi nem uma placa sendo afixada…

O entorno do estádio continua feio e sujo. Dentro, nem se fala. Semana passada, o secretário de Esportes ainda veio, via twitter, elogiar o gramado do Castelão como o melhor do país. Sim, mas é a mesma grama em que serão jogadas as partidas da Copa. Então é preciso arregaçar as mangas  mesmo.

Nunca é demais lembrar que faltam menos de 4 anos para o início do torneio. E mais, se Fortaleza quer se credenciar mesmo para realizar uma das semi-finais deve correr ainda mais contra o tempo. Afinal, um ano antes do campeonato mundial de seleções, é realizada a Copa das Confederações, uma competição preparatória que testa o potencial das cidades. Fortaleza, por acaso, não gostaria de participar desses testes?

A demora no início da reforma deixa uma preocupação latente: a estatização das obras da Copa.  Muito se falou que o dinheiro viria das Parcerias- Público-Privadas, mas pouco ou nada se viu em relação a isso. A iniciativa privada vê as obras com desconfiança, pois é muito investimento para um retorno a tão longo prazo. Para cumprir os prazos e não deixar a Copa fugir do Ceará, os Governos do Estado e Federal deverão derramar dinheiro, ou seja, no final das contas somos nós, contribuintes, que vamos pagar. E mais: vamos pagar para nem ver, pois os preços dos ingressos devem ser fora da realidade da maioria do povo cearense.

O Castelão será a “obra mais cara do Nordeste para a Copa de 2014″, como informou no dia 14 de maio a Folha de S. Paulo.  Inacreditavelmente, o valor da construção foi previamente definido em edital, nada menos que R$ 487 milhões, ou seja, mais do que custaram as construções do Engenhão, no Rio de Janeiro, e do Bezerrão, no Distrito Federal. E estamos nos referindo à reforma do Castelão, que estás em condições bem razoáveis e recebe jogos da Série A.

O jeito é esperar para ver quando o primeiro martelo será batido nessa tão propalada e cara reforma…

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