segunda-feira, 4 de abril de 2011

Nossas crianças não podem virar estatísticas!

Era um sábado de tarde tranquilo, quando de repente fomos surpreendidos na redação da TV Jangadeiro com a notícia de uma criança baleada na cabeça. O alvo supostamente era o pai, mas a vítima acabou sendo a pobre criança. Graças a Deus, o garoto de apenas nove anos, sobreviveu e está bem.

Outro dia, um menino de apenas sete anos morreu após ser atingido por uma bala na cabeça. Ele estava indo assistir a um jogo de futebol em um campo de várzea próximo à sua casa, quando foi atingido pelo disparo. O pequeno Josias chegou a ser socorrido, mas acabou não resistindo.

Mais um caso grave nesta semana. Um adolescente de 15 anos trocou um inocente video game por uma arma e resolveu mostrá-la aos amigos de sala. A arma disparou “acidentalmente” e atingiu uma estudante de apenas 14 anos. Por sorte, a bala pegou de raspão.

Os casos se sucedem a cada semana e ficamos nos perguntando: quem será a próxima vítima? É a escalada da violência em nossa cidade que parece não ter fim, nem muito menos escolher as vítimas. Pena que cada vez mais sejamos testemunhas de crianças vítimas dessa situação.

Somente neste ano, 44 crianças deram entrada no Instituto Dr. José Frota vítimas de bala, a maioria entre dez e 15 anos. Um dado preocupante, pois as vítimas aparentemente nada tinham a ver com os casos. Foram balas perdidas, tiros acidentais que acabaram acertando em cheio a esperança de muitas famílias.

Chegamos ao final do mês de setembro com mais de 1.200 mortes este ano somente em Fortaleza e na Região Metropolitana. Onde vamos parar com tudo isso? Quais as soluções para essa escalada de brutalidade? Nossa história está sendo escrita com sangue e muitas vezes sangue de pessoas inocentes, de meninos e meninas que sequer tiveram a oportunidade de conhecer o que é a vida.

Tomara que os políticos que tiveram disposição e vontade para conquistar nossos votos, mostrem os mesmos sentimentos para resolver o crescimento da violência. É preciso dar um basta nisso! Nossas crianças não podem virar estatísticas!

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