segunda-feira, 4 de abril de 2011

Que policiais são esses?

Graças a Deus, nunca estive sob a mira de uma arma. Nem quero imaginar a sensação de impotência de saber que minha vida estaria no limite de um simples movimento do dedo indicador. Mas o que é ruim, pode ficar pior…

A seguinte situação aconteceu com minha esposa. Diariamente, ela percorre menos de dois quilômetros até chegar ao trabalho. Na última sexta-feira, prestes a passar pela guarita de entrada da instituição em que trabalha ela foi abordada por quatro homens fortemente armados. Mas ao contrário do que vocês possam estar pensando era uma viatura da Polícia Militar.

Eles logo foram batendo no vidro e perguntando de quem era o carro “roubado” que a “suspeita” conduzia. Um carro comprado – e diga-se de passagem ainda estamos pagando as pesadas prestações – com o dinheiro que ganhamos honestamente. Eles, não satisfeitos, perguntaram de onde ela estava vindo. Atordoada com toda a situação, ela disse que vinha de casa. E para completar mais uma surpresa: o policial disse que todos que moram próximos à área do Castelão são suspeitos. Como assim?

O história narrada nada mais é que um capítulo do triste preparo dos policiais em nosso Estado. Ao contar o fatídico episódio aos colegas de trabalho, as histórias de abordagens semelhantes feitas pela mesma PM se multiplicaram em poucos minutos. Que policiais são esses?

São os mesmos que consideram “suspeitas”as pessoas que moram nas proximidades do estádio, mas que são incapazes de fazer ações para inibir o tráfico de drogas na mesma região. Ou pior, são os mesmos que assistem dia-a-dia menores de idade vendendo o pequeno corpo ao longo das avenidas
Paulino Rocha e Alberto Craveiro.

É triste e revoltante saber que os “profissionais” que deveriam proteger os cidadãos, são os mesmos capazes de te apontarem uma arma a caminho do trabalho.

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