segunda-feira, 4 de abril de 2011

Qual a alternativa dos alternativos?

Para quem sofre diariamente com o caos no trânsito de Fortaleza, a pergunta é uma só: o que fazer? Abrir novas ruas, rodízio de carros, apelar para a “carona amiga”? Sou do time que acredita que um investimento maciço em transporte coletivo seria a solução mais viável para tentar amenizar os congestionamentos que “pipocam”em nossa cidade.

Sou usuário do transporte coletivo. Pior, sou usuário do transporte alternativo. Sintam só a minha saga. Caminho diariamente cerca de 1km para pegar uma topic no início da linha e ter o privilégio de ir sentado até minha casa. Estrategicamente procuro uma cadeira próxima à porta para não ter de ser espremido quando tiver de descer. Mas antes mesmo de chegar à metade do caminho, o tal alternativo já está bem lotadinho.

Mesmo com gente pendurada na porta a gente sempre escuta o coitado do trocador dizendo: “Afasta um pouquinho para trás que ainda cabe”. E o passageiro desesperado lá atrás responde : “Cabe mais não, motorista”. E não cabe mesmo!!!

A situação é tão braba que aquele que ergue a mão para segurar na barra da topic não pode se dar sequer o privilégio de colocá-la no bolso ou dar uma coçadinha nas costas, por absoluta falta de espaço. O calor logo incomoda e irrita as pessoas e o trocador dizendo “pra trás, pra trás…”. Meia hora depois desço depois de gritar educadamente (como se isso fosse possível): “Paradinha aí na próxima!”. E todo o dia eu pergunto: o que há de alternativo no transporte alternativo?

Pra mim o transporte alternativo seria aquele que daria para você, cidadão, a alternativa de deixar seu carro em casa e seguir para o trabalho em um veículo confortável e seguro. Podia ser algo que você pagasse mais caro – uma passagem de R$3,00, por exemplo – mas que oferecesse a possibilidade do cidadão não usar o seu transporte.

Haveria menos carro nas ruas, pessoas chegando menos estressadas no trabalho, seria bom até para o meio ambiente com menos gases poluentes sendo jogados na atmosfera.

Acho que não estou inovando com essa idéia, só não queria mais ter de hoje gritar educadamente de novo: “Na próxima desce!!!”.

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