segunda-feira, 4 de abril de 2011

O tiro certeiro

A blusa branca manchada de sangue que deveria simbolizar a chegada de um novo ano de paz e prosperidade, de repente ficou marcada pela violência estúpida de jovens que não têm noção do que é amor ao próximo. Como se explicar treinar tiro ao alvo em um pobre homem que guardava carros? O tiro foi certeiro. Não acertou apenas o olho do guardador de carros, mas atingiu em cheio a nossa sociedade. O que acontecerá com os jovens atiradores? Dá pra acreditar na Justiça em um caso desses? Será que este caso vai virar exemplo ou tornar-se mera estatística?

Na semana passada duas notícias chamaram bastante a minha atenção. No domingo, dia 7 de novembro, um grupo de cinco jovens voltava de um campeonato de paredão de som (leiam bem – campeonato de paredão), a 140km por hora, na BR-020 quando o carro colidiu na traseira de um caminhão. Resultado: todos morreram. É a juventude que não respeita leis, nem aceita que o seu limite é quando começa o limite dos outros.

O outro caso foi o de um grupo de jovens que voltava de uma farra. Como o carro quebrou, eles resolveram esperar a oficina abrir consumindo drogas, dentro do veículo, em uma movimentada rua de um bairro nobre da cidade. Resultado: um dos jovens acabou morrendo por overdose.

Afinal que juventude é essa? Pessoas que atiram com armas de chumbinho em pessoas no meio da rua? Jovens que ultrapassam limites de velocidade sem qualquer preocupação com as suas vidas ou com a dos outros que por ali passam? Uma juventude que não teme ser punida por consumir drogas no meio da rua? Gente, que jovens são esses? Eles têm limites? Eles sabem qual o limite dos outros? Onde essa juventude vai parar? Onde nós vamos parar com essa juventude?

A cada dia, surgem novas perguntas e as respostas parecem cada vez mais escassas.  Tomara que o tiro certeiro que aquele jovem acertou no olho do pobre guardador de carros, tenha acertado também o nosso alerta de que algo tem de ser feito. Afinal, na próxima semana não quero escrever novamente sobre mais um caso de jovem sem limites.

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